Reuniões alertam pais de alunos que ainda não retornaram aos estudos
Para que a escola seja a segunda casa, a casa tem que ser a primeira escola”. Com essa reflexão, o Grupo de Apoio Familiar (GAF) abriu as duas reuniões realizadas com pais de alunos atendidos pelo Projeto Crescer. As reuniões foram direcionadas aos pais cujos filhos não estão participando de nenhuma das modalidades de ensino oferecidas pelo projeto – nem presencial, nem on line e nem pelo impresso. “A proposta do GAF é trabalharmos com um assunto específico. É o que está acontecendo nesse caso e envolvendo um número reduzido de pais que precisam de uma assistência mais direta da nossa parte”, afirma Aline de Oliveira, coordenadora pedagógica do Projeto Crescer.
O evento contou com a presença do empresário Paulo Hermínio Pennacchi, presidente da Casa do Bom Menino de Arapongas, da conselheira e coordenadora estratégica do Projeto Crescer, Cleide Pennacchi, da diretora Marisa Padovezi Ferreira Bazana e da professora Andressa de Oliveira, responsável pela Metodologia e Formação Continuada. O grupo apresentou aos pais um panorama resumido da educação atual no Brasil e dados estatísticos demonstrando as deficiências que os alunos geralmente apresentam em algumas áreas fundamentais, como língua portuguesa e matemática, conforme ficou comprovado através do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA).
“Cerca de 50% dos brasileiros não atingiram o mínimo de proficiência que todos os jovens devem adquirir até o final do ensino médio, revelando que os estudantes brasileiros estão dois anos e meio abaixo de alguns países em relação ao nível de escolarização de proficiência em leitura”, afirma Andressa Oliveira. Na área de matemática, a situação é igualmente preocupante: o Brasil se situa entre as posições 69º e 72º no ranking, ao lado de países como Colômbia e Argentina.
“Nosso desafio é mostrar para esse grupo de pais tudo o que o Projeto Crescer oferece em termos de apoio escolar, alimentar e social para todos os alunos que aproveitam a estrutura que nós disponibilizamos”, afirma Paulo Pennacchi. Em função da pandemia, os estudos mostram que o percentual de crianças com 10 anos de idade que é incapaz de ler e entender um texto simples pode ter aumentado de 51% para 62,5%. Além disso, o relatório demonstra que após 10 meses do fechamento das escolas, 71% dos estudantes do ensino fundamental II podem não mais ser capazes de compreender um texto de tamanho moderado. “A receptividade por parte dos pais foi positiva, o que deve influenciar na retomada dos estudos por parte desses alunos. Esperamos que todos os envolvidos ajudem nesse processo, sensibilizando as famílias para a importância dos estudos tanto na escola quanto no reforço durante o contraturno no Projeto Crescer”, afirma Marisa Padovezi Bazana.
Funcionando em contraturno, o projeto oferece oficinas de Canto, Coral, Dança, Teatro, Flauta Doce, Teclado, Fanfarra, Capoeira, Português, Matemática, Inglês, Informática, Cidadania, Educação Física, Robótica e Culinária de Chocolate. E ainda: Arte, Autoconhecimento e Raciocínio Lógico. Além de todo esse conteúdo, os alunos têm café da manhã, almoço e café da tarde, tudo de forma gratuita.